NósEntreNós | Ato-Manifesto Censurados
Adriana Marchiori

Para conseguir entender o porquê as pessoas hoje em dia não querem falar de política, um jovem artista questiona a história da democracia no Brasil e seus problemas estruturais como os inúmeros golpes de estado que o país tem em seu histórico. De maneira performática, ele interpreta ativistas que marcaram a resistência, trazendo relatos e estatísticas que não são atuais mas que tendem a se repetir. A história é como uma roda que gira, avançando e retrocedendo em ciclos intermináveis, mas aprendemos ou repetimos os erros?

O espetáculo NósEntreNós | Ato-Manifesto Censurados propõe o importante resgate histórico para um dos períodos mais desumanos da memória brasileira: a Ditadura Militar de 1964. A obra desenvolve uma releitura de histórias reais de inúmeros ativistas brasileiros que tiveram suas vidas interrompidas durante o período de repressão do Golpe. A narrativa acontece nos anos de Terror de Estado (1969-1978), período em que os direitos civis foram suspensos, o parlamento fechado e os opositores do governo torturados até a morte. Contudo, a narrativa tem como base os principais golpes que o Brasil tem em seu histórico desde a democratização em 1889. Ao longo da obra, o artista conduz a história com relatos e informações que ilustram as fragilidades da democracia brasileira, pontuando sobre os principais avanços e retrocessos. O artista - insatisfeito com a frequência com que a história se repete, evoca os personagens Caetano Veloso, Carlos Marighella, Vera Sílvia Magalhães e Dilma Rousseff, que foram presos e/ou torturados durante a Ditadura Militar no Brasil. Em diferentes histórias dos personagens, o espetáculo traz à cena momentos de repressão e censura que eram presentes constantemente no cotidiano dos brasileiros.

Para obter mais informações sobre o espetáculo, acesse https://drive.google.com/drive/folders/1NA0OY25mP9nZZ99g7SKo5URjJ3lzNNFq?usp=sharing.