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No Dia Mundial do Teatro e Dia Nacional do Circo, quarta-feira (27), conhecemos os vencedores dos prêmios Açorianos de Teatro e Circo e Tibicuera de teatro infantojuvenil. Doze categorias foram premiadas pela Coordenação de Artes Cênicas da Secretaria Municipal da Cultura e Economia Criativa da prefeitura, além do prêmio especial do júri para cada uma das premiações.
Os troféus de Melhor Espetáculo ficaram com Raiz Amarga (Açorianos de teatro adulto), Maria Peçonha (Tibicuera de teatro infantojuvenil) e Incrível Grillo (Açorianos de circo).
Na cerimônia, também foi entregue a Premiação Especial do Júri, reconhecendo diversos talentos. No âmbito do teatro adulto, o prêmio foi atribuído à Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta Favela. No segmento infantojuvenil, Antônio Carlos Cena foi honrado postumamente por sua significativa contribuição ao teatro de animação no Brasil. No mundo circense, o Circo Híbrido recebeu uma homenagem especial pelo seu impressionante percurso de 20 anos, destacando-se pela pesquisa, produção, ensino e engajamento da audiência no universo circense em Porto Alegre e Região Metropolitana.
Dando continuidade à proposta levada à cena na cerimônia anterior (também concebida pelo dramaturgo Diones Camargo e o ator Marcos Contreras), cujo foco era celebrar o reencontro e união dos profissionais dos palcos de Porto Alegre após o trágico e solitário período da pandemia da Covid-19, nesta edição o objetivo foi encorajar tanto artistas quanto público, críticos, jornalistas e autoridades presentes na plateia para juntos reerguermos este setor da Economia da Cultura.
Na ocasião, foram homenageados alguns dos críticos(a) de maior notoriedade na cidade de Porto Alegre, que apareceram em vídeo falando sobre o papel da crítica. São eles: Airton Tomazzoni, Diego Ferreira, Henrique Saidel, Rodrigo Monteiro, e também Michele Rolim, editora do AGORA Crítica, única mulher neste quadro.
Entre os depoimentos, destacou-se a afirmação de que a crítica tem papel fundamental de memória, registro e resistência das obras cênicas, as quais têm uma natureza efêmera e encontram na crítica uma forma de permanência. Também foi apontado o fato de que a crítica mais atual se despiu do antigo modelo de texto visando apenas tecer uma análise sobre supostos defeitos e qualidades de um espetáculo para se tornar um instrumento de diálogo constante com a classe artística e o espectador, provocando um desdobramento e a qualificação da produção cênica.
Michele Rolim também destacou que fazer arte nesta cidade, assim como fazer crítica, tem se tornado cada vez mais difícil. “Os festivais da cidade não reconhecem a crítica como uma fazer fundamental, e as políticas públicas também não dão condições para esse fazer. Assim como os artistas, somos militantes perseverantes porque entendemos que o fazemos é fundamental para cena da cidade, mas queremos existir e não mais apenas resistir”.
Vencedores do Prêmio Açorianos de Teatro Adulto
Melhor Espetáculo: Raiz Amarga;
Melhor Direção: Clóvis Massa, por Raiz Amarga;
Melhor Atriz: Letícia Schwartz, por Raiz Amarga;
Melhor Atriz Coadjuvante: Arlete Cunha, por Esperando Godot;
Melhor Ator: Sérgio Lulkin, por Terra Sem Mapa;
Melhor Ator Coadjuvante: Thomaz Rosa, por Em busca de Christa T;
Melhor Cenografia: Clóvis Massa, por Raiz Amarga;
Melhor Figurino: Daniel Lion, por Instinto;
Melhor Iluminação: Maurício Moura e João Fraga, por Esperando Godot;
Melhor Trilha sonora: Álvaro Rosa Costa, por Instinto;
Melhor Dramaturgia: Clóvis Massa e Letícia Schwartz, por Raiz Amarga;
Melhor Produção: Jaques Machado, por Esperando Godot;
Prêmio Especial do Júri: Cambada de Teatro em Ação Direta Levanta Favela.
Vencedores do Prêmio Tibicuera de Teatro Infantojuvenil
Melhor Espetáculo: Maria Peçonha;
Melhor Direção: Paulo Martins Fontes e Tatiana Cardoso, por Maria Peçonha;
Melhor Atriz: Maria Carolina Aquino, por Maria Peçonha;
Melhor Atriz Coadjuvante: Maura Souza, por O Museu Desmiolado;
Melhor Ator: Dudu Xavier, por Caravana da Fantasia conta o Patinho Feio;
Melhor Ator Coadjuvante: Paulo Martins Fontes, por Maria Peçonha;
Melhor Cenografia: Diego Steffani, por Adivinha o que é;
Melhor Figurino: Antonio Rabàdan, por Maria Peçonha;
Melhor Iluminação: Thaís Andrade, por Maria Peçonha;
Melhor Trilha Sonora: Álvaro Rosa Costa, Simone Rasslan e Kiti Santos, por Adivinha o que é;
Melhor Dramaturgia: Cia Gente Falante e Tatiana Cardoso, por Maria Peçonha;
Melhor Produção: Juliana Barros e Letícia Vieira/Primeira Fila Produções, por Adivinha o que é;
Prêmio especial do Júri: prêmio póstumo para Antônio Carlos de Cena.
Vencedores do Prêmio Açorianos de Circo
Melhor Espetáculo: Incrível Grillo;
Melhor Direção: Ramon Ortiz, por O Malabareador de Ideias;
Melhor Número circense: Guilherme Gonçalves, por seu Número de Tecido Força na peruca;
Melhor Performer de Acrobacia: Alfredo Bermudez, por seu número em Mega Variété;
Melhor Performer de Comicidade Circense e Palhaçaria: Ana Fuchs, pela Palhaça Generosa;
Melhor Performer de Manipulação de Objetos (malabares, mágica ou ilusionismo): Iuri, O Mágico, por seu número em Mega Variété;
Melhor Performer de Equilibrismo: Alfredo Bermudez, por seu número em Mega Variété;
Melhor Cenografia: Gabriel Chotguis Grillo, por Incrível Grillo;
Melhor Figurino: Gabriel Chotguis Grillo, por Incrível Grillo;
Melhor Iluminação: Osório Antônio Rocha, por Mega Variété;
Melhor Trilha Sonora: Gabriel Chotguis Grillo, por Incrível Grillo;
Melhor Produção: Kalisy Cabeda e Pati de La Rocha, por Meia Década;
Prêmio Especial do Júri: Circo Híbrido.
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